Você Falou Comigo?

Você Falou Comigo?
É Que Eu Estava MESMO Te Ignorando!!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Maringá, PR: Capital das Bandas de Bosta! - parte 2

Então, foi assim: 2009 acabou, o fim de ano foi bem mais movimentado do que eu contava, teve muita festa, muita bebedeira, e tive até vontade de fechar este blog, devido ao forte sentimento de amizade e calor humano que senti, por amigos e amigas que casavam, que me visitavam, com quem eu conversei neste fim de ano. Parecia que muito do que escrevi ano passado perdera o sentido. Quando me dei conta, janeiro já estava no meio.
O verão esquentou, em mais de um sentido. Tempestades e enchentes pelo país afora evidenciam nossa carência de políticas públicas efetivas para lidar de modo civilizado com questões como habitação e saneamento básico, e assistimos diariamente a luta de trabalhadores de baixa renda - e com menos frequência, gente da classe média! - para chegar em casa, ou sair dela, no meio de tanta água. Enquanto isso, em nossa cidadezinha feita de Lego e protegida das agruras do mundo por uma membrana espelhada que faz com que todos vejam apenas o que gostam, a reação de tipinhos que não foram criados para aceitar plenamente conceitos como liberdade de expressão e democracia chegou a me espantar. Achei até que tivesse sido ameaçado de morte, além de ser chamado, por tabela, de idiota. O trecho de um comentário sobre o post anterior à esse é um exemplo do que tive de aturar, em algumas ocasiões, nos últimos meses:
"Interessante esse estilo meio Rorschach de escrever, mas lembre-se que ele morre de forma idiota, o que tira grande parte de sua grandiosidade adquirido durante a história."

Então, Rorschach morre de forma "idiota"? Que coisa, na época em que li Watchmen, me pareceu que por não concordar com a utopia de Veidt e do Dr. Manhattan, Rorschach opta por um suicídio induzido por não suportar a idéia de viver em um mundo de mentiras e subterfúgios, mantidos por pessoas moralmente falidas (de acordo com a interpretação DELE, não minha!)e que pelo visto, não se importam muito com o fato de terem se desumanizado em nome de um suposto "bem maior".
Mas, acho que para certas pessoas, somente a versão cinematográfica usurpada do criador de Watchmen já os credencia o bastante para me julgarem, e me ameaçarem de morte, mesmo de forma velada, por expor minhas opiniões em um blog pessoal, ao qual nunca convidei ninguém a postar suas opiniões à meu respeito, ou à respeito do que escrevo.
Pessoas conhecidas, e por quem tenho um grande respeito e admiração vieram me questionar sobre a postagem anterior. Assim como manifestações de desconhecidos, registradas nos comentários como o trecho citado acima, me fizeram perceber que não importa o quanto você pense estar sendo discreto, claro e coerente na apresentação de suas idéias, sempre vai haver alguém disposto a questionar, não apenas suas opiniões, mas o simples direito inalienável de expressá-las, como se opiniões bem fundamentadas fossem crime hediondo.
Pois bem, meu caro "Tiago" (supondo que esse seja seu nome mesmo, e não um perfil falso que você em sua covardia usou para se aproximar)não apenas sua opinião sobre mim, sobre Rorschach e a renda que papai deixou pra você não me interessam, como vou arriscar um palpite à seu respeito, tomando a mesma liberdade que você tomou ao me julgar: você é um mauricinho, e toca mal em alguma banda de bosta. Agradeça por eu não ter certeza de quem é, pois caso saiba, você terá o privilégio de ser exposto e ridicularizado por mim, alguém que você, pelo visto, odeia e despreza por ser livre para falar e escrever o que pensa. Sinceramente, eu não me importo por você ter sido criado em uma atmosfera de repressão e autocongratulação, cercado de amigos ainda mais covardes e vazios do que você. Essa mesma criação o leva a visitar blogs de gente que escreve bem melhor do que você consegue, sequer, raciocinar, e registrar autocríticas do tipo:
"Outra dúvida pertinente, estaria eu fazendo esse contraponto por necessidade de me auto-afirmar, sendo eu filhote de classe média com conhecimento musical adquirido online?"

Não posso responder suas indagações, filho. Estaria mentindo se dissesse que lamento por você, mas a verdade é que não me importo. Mesmo. Agora, se você puder me ignorar pelo resto da vida, e não fingir simpatia da próxima vez em que nos encontrarmos e vier me cumprimentar hipocritamente, eu ficaria sinceramente grato a você. De gente hipocrita, burra, preconceituosa e mal amada, minha vida permanece tristemente cheia, até eu decidir me livrar dessas pessoas.



(Fim da parte 2)