Você Falou Comigo?

Você Falou Comigo?
É Que Eu Estava MESMO Te Ignorando!!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"fade, fade, fade, fade away... and fly like a butterfly"




E tão rápido quanto veio, mais uma época de minha vida, marcada por uma breve passagem por uma banda de rock, se foi. Pressões irresistíveis de outros aspectos de minha vida acabaram por me fazer optar pela via crucis de um inevitável ano letivo, em uma faculdade medíocre da qual nunca gostei muito, e que agora se apresenta como sendo a alternativa mais viável para um futuro medianamente satisfatório para esse velho espantalho, à beira dos quarenta anos, e que um dia vai morrer sozinho. Quero dizer que é melhor eu me me formar naquela faculdade que tanto detesto e passar em algum concurso público, ou acabar na mendicância total, quando não houver mais alguém que se importe comigo, ou seja, minha mãe. Perspectivas nada animadoras, mas pelo menos posso ter uma boa desculpa para me afastar de vez desse lugar, dessas pessoas e dessas lembranças.


Não vou mais cantar. Nunca mais devo cantar, acho. Engraçado como nem cogitei a probabilidade de que fosse detestar a experiência em si, pelo simples fato de odiar minha própria aparência. Algo no mínimo esquizofrênico e imcompatível com alguém que se propõe a ser frontman em uma banda de rock. Em poucas, e esquecíveis apresentações, percebi (não muito tardiamente, ainda bem) que eu não era o homem certo para o serviço. Tenho outras obrigações na fila, e nem deveria ter me voluntariado em primeiro lugar.
Felizmente, fui muito bem recebido por pessoas que tiveram bastante paciência comigo, até o momento em que ficou evidente que eu não duraria ali por muito tempo. Espero sinceramente que eles progridam, e sejam muito felizes com isso tudo, livres da influência de certos elementos mal intencionados e egocêntricos da "cena" local, gente estúpida e mesquinha que só serve para cavar ressentimentos e espalhar o ranço das covas da inveja. Os supostos detentores das "verdades" universais dos blogueiros de rock. Gente que inclusive conspirou contra mim, e que agora deve se aproximar dos meninos para dizer o quanto eu não presto. Meus detratores vão ter a justiça que merecem, quando menos imaginarem...

E falando em justiça, em mais um sábado insosso e árido, conversando com conhecidos em um bar insuportavelmente cheio, percebo o quanto minha companhia já se tornou supérflua, para alguns com tão pouco a oferecer que só lhes resta a narcótica ilusão da popularidade e das rodinhas restritas, onde você é público e platéia ao mesmo tempo. Olhares, comentários e até mesmo o modo como sou interrompido quando digo qualquer coisa, me comprovam que deveria mesmo desistir de vez de certas situações. Mas, por um amigo que mora em outra cidade e cuja presença é rara hoje em dia, eu me sujeito até mesmo à sórdida companhia dos mortos-vivos e sua coreografia péssima. Fico pensando o que certas pessoas fariam, se não tivessem suas companheiras(os) para lhes dar um teto, uma carona e uma referência mínima em círculos sociais emprestados. Deve ser horrível ser uma não-entidade ao ponto de modificar seu comportamento e prioridades a cada pessoa nova que conhece, e ainda por cima, querer parecer com algo que jamais será: um talento.
Mariposas idiotas se chocando contra a lâmpada, irritando com seu ruído os gigantes que as matarão sem dó.

Pois ainda existem gigantes irritadiços entre nós.