... está se esvaindo de meus dedos. E novamente, uma época de reajustes, constatações, e isolamento se aproxima. Pois, se até agora tem sido solitário, espero encontrar um verdadeiro deserto diante de mim.
Neste domingo chuvoso, não consigo achar outra explicação pra ter vindo aqui e escrever, a não ser o domingo chuvoso. E a dor na sutura dos dentes cisos que extraí, dias atrás.
Eu tenho feito algum progresso. Poucos sabem, ou sequer saberão disso, mas eu tenho me concentrado em sair do estado em que me encontrava, meses atrás, quando ainda andava com quem não vale nem o chão onde piso, e só me usava pra parecer melhor e mais bonito, como as garotas bonitas fazem com as amigas feias. Essa gente não me diz mais respeito, e juro que se tiver a oportunidade, elas vão saber disso, e isso não vai ser agradável.
Adeus para o doutorzinho gordo e patético, que sempre fingiu me respeitar porque não tinha culhões de andar com gente tão baixa e desprezível quanto ele; adeus para o ex-vizinho mimado e egomaníaco que só sabe tratar as pessoas na base do suborno e amabilidades de quem nasceu pra lamber sacos; adeus para o projeto de príncipe que nasceu com a vida ganha e posa de sofisticado, mas não passa de um fodido cuja única fortuna e posses são uma mente repleta de referências à RPG e literatura fantástica que ele usa em conversas inócuas com imbecis que o fazem parecer muita coisa (acho que esses dois são viados enrustidos, mas jamais vou saber de fato); adeus ao idiota supremo, caipira branco filho de caipiras brancos ricos que ODEIA diversidade de opiniões e finge interesse nas pessoas somente para se aproximar delas e ridicularizar seus gostos e interesses e parecer mais bacana que elas, monopolizando qualquer conversa; adeus ao ex-amigo que durante tantos anos me usou pra se aproximar de pessoas que ele tanto detesta quanto inveja, apenas para compensar seu casamento forjado com uma mulher da qual ele nunca gostou, e que depois de separados, ele tentou compensar invadindo a minha vida pessoal para me usar de trampolim para saltar nas mulheres de amigos meus; adeus garoto idiota de cidade-pequena-aqui-do-lado que pensa que tem alguma coisa na vida além de TUDO o que sua namorada rica lhe proporciona, e vive a vida dela, lambendo o cu de gente ainda mais desprezível que ele; adeus professorzinho de faculdade medíocre pagou-passou que se considera o pop star da blogosfera local com seus jargões que só três pessoas entendem e links pra download ilegal de musicas que só ele gosta, mas que ninguém comenta; adeus outro moleque burro e viciado que acha que tem senso de humor e muito estilo com seu excesso de tatuagens e fala de malandro, mas que não passa de mais um espertinho com merda na cabeça; adeus garota burra, elitista e grossa, que só sabe monopolizar as conversas depois que fica bêbada e só sabe fazer intrigas à respeito de TODOS ao redor... Adeus, adeus, seus merdas.
Adeus, merdas.
De resto, tudo parece bem, promissor até. Com a diferença que não preciso entrar em detalhes com nenhum falso amigo, que ouviria as notícias a meu respeito e depois me enviaria suas ondas negativas de inveja, ódio ou pura maldade, como se me puxando pra baixo, cada vez mais baixo, no lodaçal moral e emocional onde vivem. Não preciso compartilhar informações com nenhum desses filhos da puta. Demorei pra entender isso.
Acredito que ocasionalmente um desses merdas citados acima deva se aventurar por aqui, de vez em quando. Gosto de pensar que vão eventualmente ler algumas destas postagens, e não vão se dar ao luxo de comentar pois isso seria admitir que estão muito curiosos à meu respeito, enquanto eu não quero sequer ouvir falar deles. Sei que precisam de mim mais do que eu a eles.
Este post é dedicado a vocês, seus idiotas! Não sinto a sua falta mais do que de um cocô grande e difícil.
domingo, 13 de novembro de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
"fade, fade, fade, fade away... and fly like a butterfly"
E tão rápido quanto veio, mais uma época de minha vida, marcada por uma breve passagem por uma banda de rock, se foi. Pressões irresistíveis de outros aspectos de minha vida acabaram por me fazer optar pela via crucis de um inevitável ano letivo, em uma faculdade medíocre da qual nunca gostei muito, e que agora se apresenta como sendo a alternativa mais viável para um futuro medianamente satisfatório para esse velho espantalho, à beira dos quarenta anos, e que um dia vai morrer sozinho. Quero dizer que é melhor eu me me formar naquela faculdade que tanto detesto e passar em algum concurso público, ou acabar na mendicância total, quando não houver mais alguém que se importe comigo, ou seja, minha mãe. Perspectivas nada animadoras, mas pelo menos posso ter uma boa desculpa para me afastar de vez desse lugar, dessas pessoas e dessas lembranças.
Não vou mais cantar. Nunca mais devo cantar, acho. Engraçado como nem cogitei a probabilidade de que fosse detestar a experiência em si, pelo simples fato de odiar minha própria aparência. Algo no mínimo esquizofrênico e imcompatível com alguém que se propõe a ser frontman em uma banda de rock. Em poucas, e esquecíveis apresentações, percebi (não muito tardiamente, ainda bem) que eu não era o homem certo para o serviço. Tenho outras obrigações na fila, e nem deveria ter me voluntariado em primeiro lugar.
Felizmente, fui muito bem recebido por pessoas que tiveram bastante paciência comigo, até o momento em que ficou evidente que eu não duraria ali por muito tempo. Espero sinceramente que eles progridam, e sejam muito felizes com isso tudo, livres da influência de certos elementos mal intencionados e egocêntricos da "cena" local, gente estúpida e mesquinha que só serve para cavar ressentimentos e espalhar o ranço das covas da inveja. Os supostos detentores das "verdades" universais dos blogueiros de rock. Gente que inclusive conspirou contra mim, e que agora deve se aproximar dos meninos para dizer o quanto eu não presto. Meus detratores vão ter a justiça que merecem, quando menos imaginarem...
E falando em justiça, em mais um sábado insosso e árido, conversando com conhecidos em um bar insuportavelmente cheio, percebo o quanto minha companhia já se tornou supérflua, para alguns com tão pouco a oferecer que só lhes resta a narcótica ilusão da popularidade e das rodinhas restritas, onde você é público e platéia ao mesmo tempo. Olhares, comentários e até mesmo o modo como sou interrompido quando digo qualquer coisa, me comprovam que deveria mesmo desistir de vez de certas situações. Mas, por um amigo que mora em outra cidade e cuja presença é rara hoje em dia, eu me sujeito até mesmo à sórdida companhia dos mortos-vivos e sua coreografia péssima. Fico pensando o que certas pessoas fariam, se não tivessem suas companheiras(os) para lhes dar um teto, uma carona e uma referência mínima em círculos sociais emprestados. Deve ser horrível ser uma não-entidade ao ponto de modificar seu comportamento e prioridades a cada pessoa nova que conhece, e ainda por cima, querer parecer com algo que jamais será: um talento.
Mariposas idiotas se chocando contra a lâmpada, irritando com seu ruído os gigantes que as matarão sem dó.
Pois ainda existem gigantes irritadiços entre nós.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Vida Na Estrada
Sem aviso, começo a pensar demais em uma época mais ou menos distante de minha rotina atual, quando ia para a estrada todas as noites e vivia ansiando pela chegada, e me deitar pra não conseguir dormir. Agora que posso me dar ao luxo de ir me deitar a hora que quero, nunca faço isso e sempre me deixo abater pelo cansaço e medos noturnos. Combinação perigosa.
Hoje, cinco anos mais velho do que na época em que voltei pra casa, me surpreendo sentindo saudades daquele frio e desolação, entre aqueles semi-estranhos a quem me afeiçoei.
Hoje, tento encontrar algum sentido maior nos downloads de discos de bandas com as quais não me importo, ou de revistas de diversos tipos e idades, mas acabo invariavelmente indo mijar, e invariavelmente esqueço o que estava fazendo quando volto, mas sempre acabo olhando meu próprio rosto, de relance, no espelho. Então me lembro de tudo e os terrores voltam. Sou minha assombração mais recorrente.
A estrada deve estar fria, hoje. Meu quarto está frio sempre. Por que não consigo sair deste círculo que limita meu mundo a ambientes tão inóspitos?
Nestes últimos dias, senti fortes dores de cabeça, do tipo que nunca sentira antes. Uma dor súbita, aguda e que acaba tão rápido quanto começa. Tão gratuito, e tão enigmático, que parece até destino. Não quero sequer escrever o que estou pensando, ainda tenho muito medo de repetir aquela noite fatídica de setembro de 2007. A noite em que quase morri de pânico.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
"...Keep one step ahead, while the persecutor within..."
Hoje, assim como ontem, foi um dia de fúria silenciosa. Ou nem tanto.
Andei quatro quadras até o ponto de ônibus. Já tinha desistido de ir viajar, mas depois lembrei que já tinha até comprado a passagem!! Que tipo de resolução pode se manter quando meu alter-ego passado já tomou decisões por mim? Como posso confiar em minhas decisões se preciso desistir delas por causa de ações passadas?
Só tinha duas bagagens, mas já é o bastante pra me deixar puto por não ter carro, e odiar todos os que tem.
O ponto de ônibus é na frente de um necrotério, o que serve pra ilustrar meu humor nas tardes de sol. Pra piorar, uma garota ficou puxando conversa, dessas que têm problemas mentais visíveis, e eu tentando ficar em silêncio... Imagino que a família dela deva deixar que saia sozinha justamente pra que ela ache outras pessoa pra conversar, mas juro que não dei a menor brecha e ainda assim ela insistiu pra que eu pelo menos olhasse pra ela.
Quando ela me mostrou um relógio, perguntando alguma coisa, eu me levantei bruscamente e saí dali, seguindo pro outro ponto, rua acima. É CLARO que o ônibus estaria chegando ali bem na hora em que eu estivesse ainda longe, e tive de correr com as bolsas...
Entrei, e o motorista/cobrador (trabalhador característico nessa cidade, obrigado a desempenhar duas funções, e onde o transporte público é um monopólio de canalhas, que exploram seus empregados assim como seus usuários, jogando uns contra os outros) disse que o dinheiro não era suficiente. Paguei a diferença, e joguei o resto das moedas pela janela.
Desci na Rodoviária mais mal feita que conheço, e segui pela ridícula rampa que dificulta o acesso de pedestres com bagagens até a outra rampa, que leva até as plataformas. Faltava pouco pro ônibus chegar, esse martírio recorrente em que me encontro, por vontade própria (NOVAMENTE)!!!
Em Londrina, calor. E mais ônibus cheios.
Assisti a uma excelente aula, naquela turma de estranhos. É uma sensação mista de curiosidade e tédio, estar junto de pessoas que você não conhece, não está interessado em conhecer, mas pelo simples fato de estarem onde você está, já denotam um interesse comum. Enfim, a aula acabou e cruzei aquele campus pela alameda central, uma faixa larga de concreto com escadas e paisagens arborizadas, que se intercalam com blocos de tijolos e metal pintado de laranja. À noite, é deserto e fresco, e muito calmo. Queria ficar por lá durante mais tempo, invisível, sem ser incomodado. Assombrando os passantes ocasionais, feito uma lenda urbana macabra. Mas tive de me contentar em ser a vítima de um bando de vira-latas, possíveis mascotes dos vigilantes indolentes daquele campus enorme e dilapidado. Saí do campus por um portão lateral, e logo estava na ruela dos condomínios que exploram os pais dos estudantes, e dos bares que exploram a distância dos bares do centro. Mas é um ambiente estranhamente agradável, com garotas bonitas em grandes grupos, calouros bebendo de pé nas calçadas, um ou outro carro com um som muito alto, e televisão.
Entrei, pedi um litro de cerveja, e fiquei lá por cerca de uma hora. Depois subi pro meu alojamento de favor, e demorei pra dormir.
De manhã, fiquei sabendo que não haveria carona de volta, então mais uma tarde de ônibus cheios, caminhadas com bagagens e esperas. Muita espera. E muitos palavrões entre os dentes. Uma garota tentou me vender uma assinatura de sei lá o que, e disse a ela pra nem tentar, pois eu "não estava lá".
(Fico impressionado como atraio a atenção de qualquer um quando quero ficar em silêncio e não quero ser notado. Devo ter uma espécie de aura. Talvez eu brilhe no escuro.)
A dona da rota entre as duas cidades, uma empresa conhecida por sua mediocridade nos serviços oferecidos, tem duas linhas entre Maringá e Londrina: uma é direta, ou sem paradas no caminho; a outra é, simplesmente, como um trem devia ser, parando nas estações de cada cidade ou conexão. Mas é um ônibus, o que significa que minutos preciosos são perdidos, entrando e saindo de cidades que nem deveriam constar do mapa, como Mandaguari ou Cambira, pra deixar/pegar uma, duas pessoas.
A viagem que costumo fazer em hora e meia, levou pouco mais de quatro. Meu dinheiro, que era contado, acabara em Londrina mesmo, e tive de incomodar um conhecido meu pra me dar uma carona até minha casa, quando cheguei na Rodoviária.
Em casa, comi feito um zumbi num berçário. Fome é sempre devastadora quando estou frustrado. Nem sei como não engordo, já que vivo frustrado. Acho que poderia ser pior, poderia ser gordo E frustrado.
Não sei o que vou fazer nesse fim-de-semana. Queria ficar num lugar bem quieto, sem falar nada, nem ouvir vozes humanas. Estou num período de busca pelo silêncio. Às vezes me esqueço dele, de como é confortável e limpo. Até a luz parece mais clara no silêncio.
Andei quatro quadras até o ponto de ônibus. Já tinha desistido de ir viajar, mas depois lembrei que já tinha até comprado a passagem!! Que tipo de resolução pode se manter quando meu alter-ego passado já tomou decisões por mim? Como posso confiar em minhas decisões se preciso desistir delas por causa de ações passadas?
Só tinha duas bagagens, mas já é o bastante pra me deixar puto por não ter carro, e odiar todos os que tem.
O ponto de ônibus é na frente de um necrotério, o que serve pra ilustrar meu humor nas tardes de sol. Pra piorar, uma garota ficou puxando conversa, dessas que têm problemas mentais visíveis, e eu tentando ficar em silêncio... Imagino que a família dela deva deixar que saia sozinha justamente pra que ela ache outras pessoa pra conversar, mas juro que não dei a menor brecha e ainda assim ela insistiu pra que eu pelo menos olhasse pra ela.
Quando ela me mostrou um relógio, perguntando alguma coisa, eu me levantei bruscamente e saí dali, seguindo pro outro ponto, rua acima. É CLARO que o ônibus estaria chegando ali bem na hora em que eu estivesse ainda longe, e tive de correr com as bolsas...
Entrei, e o motorista/cobrador (trabalhador característico nessa cidade, obrigado a desempenhar duas funções, e onde o transporte público é um monopólio de canalhas, que exploram seus empregados assim como seus usuários, jogando uns contra os outros) disse que o dinheiro não era suficiente. Paguei a diferença, e joguei o resto das moedas pela janela.
Desci na Rodoviária mais mal feita que conheço, e segui pela ridícula rampa que dificulta o acesso de pedestres com bagagens até a outra rampa, que leva até as plataformas. Faltava pouco pro ônibus chegar, esse martírio recorrente em que me encontro, por vontade própria (NOVAMENTE)!!!
Em Londrina, calor. E mais ônibus cheios.
Assisti a uma excelente aula, naquela turma de estranhos. É uma sensação mista de curiosidade e tédio, estar junto de pessoas que você não conhece, não está interessado em conhecer, mas pelo simples fato de estarem onde você está, já denotam um interesse comum. Enfim, a aula acabou e cruzei aquele campus pela alameda central, uma faixa larga de concreto com escadas e paisagens arborizadas, que se intercalam com blocos de tijolos e metal pintado de laranja. À noite, é deserto e fresco, e muito calmo. Queria ficar por lá durante mais tempo, invisível, sem ser incomodado. Assombrando os passantes ocasionais, feito uma lenda urbana macabra. Mas tive de me contentar em ser a vítima de um bando de vira-latas, possíveis mascotes dos vigilantes indolentes daquele campus enorme e dilapidado. Saí do campus por um portão lateral, e logo estava na ruela dos condomínios que exploram os pais dos estudantes, e dos bares que exploram a distância dos bares do centro. Mas é um ambiente estranhamente agradável, com garotas bonitas em grandes grupos, calouros bebendo de pé nas calçadas, um ou outro carro com um som muito alto, e televisão.
Entrei, pedi um litro de cerveja, e fiquei lá por cerca de uma hora. Depois subi pro meu alojamento de favor, e demorei pra dormir.
De manhã, fiquei sabendo que não haveria carona de volta, então mais uma tarde de ônibus cheios, caminhadas com bagagens e esperas. Muita espera. E muitos palavrões entre os dentes. Uma garota tentou me vender uma assinatura de sei lá o que, e disse a ela pra nem tentar, pois eu "não estava lá".
(Fico impressionado como atraio a atenção de qualquer um quando quero ficar em silêncio e não quero ser notado. Devo ter uma espécie de aura. Talvez eu brilhe no escuro.)
A dona da rota entre as duas cidades, uma empresa conhecida por sua mediocridade nos serviços oferecidos, tem duas linhas entre Maringá e Londrina: uma é direta, ou sem paradas no caminho; a outra é, simplesmente, como um trem devia ser, parando nas estações de cada cidade ou conexão. Mas é um ônibus, o que significa que minutos preciosos são perdidos, entrando e saindo de cidades que nem deveriam constar do mapa, como Mandaguari ou Cambira, pra deixar/pegar uma, duas pessoas.
A viagem que costumo fazer em hora e meia, levou pouco mais de quatro. Meu dinheiro, que era contado, acabara em Londrina mesmo, e tive de incomodar um conhecido meu pra me dar uma carona até minha casa, quando cheguei na Rodoviária.
Em casa, comi feito um zumbi num berçário. Fome é sempre devastadora quando estou frustrado. Nem sei como não engordo, já que vivo frustrado. Acho que poderia ser pior, poderia ser gordo E frustrado.
Não sei o que vou fazer nesse fim-de-semana. Queria ficar num lugar bem quieto, sem falar nada, nem ouvir vozes humanas. Estou num período de busca pelo silêncio. Às vezes me esqueço dele, de como é confortável e limpo. Até a luz parece mais clara no silêncio.
sábado, 19 de março de 2011
É Sempre Bom Ter Princípios.
Matar você não seria o suficiente. Deixá-lo vivo enquanto destruo tudo o que você acredita, e elimino sistematicamente todos os que você ama, e apreciar seu desespero enquanto minha sombra encobre todos os aspectos de sua existência, seria como uma epifania, o nirvana para mim. Aquele que disse que vingança não acrescenta coisa alguma à alma, deve ser descendente de baratas. O verdadeiro valor de um homem está em sua capacidade de ferir outros.
Você sabe de quem estou falando.
Você sabe de quem estou falando.
domingo, 13 de março de 2011
Da Janela do Meu Quarto
sábado, 15 de janeiro de 2011
De volta ao exílio.
O pior de se usar máscara é que ela vai se desajustando com o tempo, e às vezes, acaba revelando mais do que o usuário gostaria.
Tenho sido muito paciente com certas pessoas, e tenho engolido certas situações por tempo demais, e em mais uma noite de sexta-feira desperdiçada, fui posto à prova diante de quem não merece nem meus peidos. Não posso imaginar o motivo que me faz ser tão atraente para ser pisoteado e provocado por quem se diz "amigo". Deve ser essa fala mansa e as boas maneiras, talvez atraia os caipiras prepotentes e mal-disfarçados de civilizados, assim como sangue na água faz com os tubarões.
Paciência, fui eu que permiti essa proximidade, o jeito agora é corrigir tudo, simplesmente me afastando.
Me sinto culpado por ser mais velho, de alguma forma como se estivesse sendo sempre julgado por quem mal me conhece e muito menos respeita, e honestamente, nem faço idéia do porque. O fato é que, pra variar, ando com péssimas companhias que só me empurram mais e mais pra baixo. Eu não aprendo, mesmo. Talvez minha função seja justamente a de entretenimento e alívio cômico, e saco de pancadas ocasional. Auto-estima é só um conceito para uma pessoa que agüenta tanta provocação, espancamentos, e sempre volta pra mais.
Eu devo ser um alvo fácil, mesmo.
Preciso dar um jeito nisso, me afastar de vez e juntar um mínimo de dignidade, esperar a raiva que sinto dissipar e o senso de tragédia iminente passar de vez, preciso me concentrar e afastar esses pensamentos horríveis de violência e retribuição, que só servem para que os outros tenham sempre uma vantagem psicológica sobre mim: eu sempre acabo correspondendo às expectativas de quem só me olha como um estereótipo ambulante, me classificando como indigno de participar das piadas internas e brincadeiras "da galera", à não ser quando a piada sou eu, e o freak show tem meu nome no cartaz.
Eu juro que isso vai mudar, e esse ano, vou me valorizar. Nem que me torne um recluso no processo, mas vou deixar essa época de merda pra trás, e me dedicar aos que me querem bem, de verdade. Eu estaria mentindo se dissesse que não faço mais novas amizades, e preciso valorizá-las, deixar pra trás o Círculo da Esterilidade e sua platéia auto-gerada, pois não faço parte daquilo.
Sinto muita falta de quando uma varanda e uma leitura eram suficientes pra mim. Esse negócio de convívio social às vezes só serve pra alimentar minhas neuroses.
Será que um rifle e aulas de tiro são muito caros?
Tenho sido muito paciente com certas pessoas, e tenho engolido certas situações por tempo demais, e em mais uma noite de sexta-feira desperdiçada, fui posto à prova diante de quem não merece nem meus peidos. Não posso imaginar o motivo que me faz ser tão atraente para ser pisoteado e provocado por quem se diz "amigo". Deve ser essa fala mansa e as boas maneiras, talvez atraia os caipiras prepotentes e mal-disfarçados de civilizados, assim como sangue na água faz com os tubarões.
Paciência, fui eu que permiti essa proximidade, o jeito agora é corrigir tudo, simplesmente me afastando.
Me sinto culpado por ser mais velho, de alguma forma como se estivesse sendo sempre julgado por quem mal me conhece e muito menos respeita, e honestamente, nem faço idéia do porque. O fato é que, pra variar, ando com péssimas companhias que só me empurram mais e mais pra baixo. Eu não aprendo, mesmo. Talvez minha função seja justamente a de entretenimento e alívio cômico, e saco de pancadas ocasional. Auto-estima é só um conceito para uma pessoa que agüenta tanta provocação, espancamentos, e sempre volta pra mais.
Eu devo ser um alvo fácil, mesmo.
Preciso dar um jeito nisso, me afastar de vez e juntar um mínimo de dignidade, esperar a raiva que sinto dissipar e o senso de tragédia iminente passar de vez, preciso me concentrar e afastar esses pensamentos horríveis de violência e retribuição, que só servem para que os outros tenham sempre uma vantagem psicológica sobre mim: eu sempre acabo correspondendo às expectativas de quem só me olha como um estereótipo ambulante, me classificando como indigno de participar das piadas internas e brincadeiras "da galera", à não ser quando a piada sou eu, e o freak show tem meu nome no cartaz.
Eu juro que isso vai mudar, e esse ano, vou me valorizar. Nem que me torne um recluso no processo, mas vou deixar essa época de merda pra trás, e me dedicar aos que me querem bem, de verdade. Eu estaria mentindo se dissesse que não faço mais novas amizades, e preciso valorizá-las, deixar pra trás o Círculo da Esterilidade e sua platéia auto-gerada, pois não faço parte daquilo.
Sinto muita falta de quando uma varanda e uma leitura eram suficientes pra mim. Esse negócio de convívio social às vezes só serve pra alimentar minhas neuroses.
Será que um rifle e aulas de tiro são muito caros?
Assinar:
Postagens (Atom)