Dia perfeito pra viajar: cinzento, moroso, e frio. Do tipo que faz a gente se sentir vivo e funcionando. Daqui a pouco vou pra cozinha, e depois, passar a tarde toda preso em casa, enquanto lá fora, o cinza do dia ocupa a tudo e a todos.
Tenho pensado muito em uma série de coisas que me aconteceram ao longo de décadas, e as quais nunca foram devidamente perdoadas, quero dizer, infâmias e ofensas ao longo de uma adolescência, que foram se acumulando na fase adulta, causando um grande cravo em meu rosto, o rosto de alguém que foi criado pra aceitar, pra abaixar a cabeça e ser sempre bom, solícito e disponível para o que precisassem, inclusive (e principalmente, pelo visto!) abusos de vários tipos.
Esse cara está morrendo. E ainda não sei quem, ou o quê vai aparecer no lugar dele...
Até o final de 2008, eu recorria à ajuda psicológica pra desenvolver técnicas de respiração, que pudessem me ajudar a pôr em ordem uma série de processos fisiológicos que sempre negligenciei, por vários motivos. Indisciplina é o principal deles, preguiça vem logo em seguida. Mas, no início desse ano, com a decisão de sair da cidade e retornar à faculdade, interrompi as sessões com a psicóloga, e tentei me dedicar à mudança. Desisti de procurar emprego, abandonei a melhor oportunidade de trabalho em muitos anos, num estúdio de som, viajei para outro Estado, e voltei cerca de um mês depois. A burocracia e ineficiência da máquina da educação pública mais uma vez atrasam minha vida, e não tenho a quem recorrer, à não ser, talvez, a um fuzil automático e muita munição...
Agora, me encontro numa situação aparentemente sem saída, e ainda não perdi a mania de dar satisfação as pessoas, quando poderia, simplesmente, mentir para elas sobre meus assuntos. Será que nunca vou aprender?
Tenho pensado muito em uma série de coisas que me aconteceram ao longo de décadas, e as quais nunca foram devidamente perdoadas, quero dizer, infâmias e ofensas ao longo de uma adolescência, que foram se acumulando na fase adulta, causando um grande cravo em meu rosto, o rosto de alguém que foi criado pra aceitar, pra abaixar a cabeça e ser sempre bom, solícito e disponível para o que precisassem, inclusive (e principalmente, pelo visto!) abusos de vários tipos.
Esse cara está morrendo. E ainda não sei quem, ou o quê vai aparecer no lugar dele...
Até o final de 2008, eu recorria à ajuda psicológica pra desenvolver técnicas de respiração, que pudessem me ajudar a pôr em ordem uma série de processos fisiológicos que sempre negligenciei, por vários motivos. Indisciplina é o principal deles, preguiça vem logo em seguida. Mas, no início desse ano, com a decisão de sair da cidade e retornar à faculdade, interrompi as sessões com a psicóloga, e tentei me dedicar à mudança. Desisti de procurar emprego, abandonei a melhor oportunidade de trabalho em muitos anos, num estúdio de som, viajei para outro Estado, e voltei cerca de um mês depois. A burocracia e ineficiência da máquina da educação pública mais uma vez atrasam minha vida, e não tenho a quem recorrer, à não ser, talvez, a um fuzil automático e muita munição...
Agora, me encontro numa situação aparentemente sem saída, e ainda não perdi a mania de dar satisfação as pessoas, quando poderia, simplesmente, mentir para elas sobre meus assuntos. Será que nunca vou aprender?
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